Um dia no cativeiro
O pássaro veio a pensar Como seria o vôo Se livre pudesse voar ? Bateu asas, se emplumou Quase do puleiro caiu Imaginando uma fresta Por ela se evadiu Alcançou altas montanhas Viu o azul brilhante do mar Viajou por entre as nuvens Deixou o sol lhe esquentar Foi dono da própria vida Pôde se enamorar Cantou como só os libertos Têm voz para cantar E no sonho foi feliz Até que a realidade voltou Mostrando-lhe que daquela gaiola Ele nunca se afastou... Preso estava à grade Que de abrigo lhe servia Pagava com a liberdade A comida que comia Tristonho, então, se quedou Não querendo mais viver Pois sabia que só com a morte A liberdade viria a ter Pois é meu querido amigo Quem vive em uma linda gaiola Não tem direito à sonhar Com a liberdade lá fora! |
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