Só
Este, que um deus cruel arremessou à vida, Marcando-o com o sinal da sua maldição, — Este desabrochou como a erva má, nascida Apenas para aos pés ser calcada no chão.
De motejo em motejo arrasta a alma ferida... Sem constância no amor, dentro do coração Sente, crespa, crescer a selva retorcida Dos pensamentos maus, filhos da solidão.
Longos dias sem sol! noites de eterno luto! Alma cega, perdida à toa no caminho! Roto casco de nau, desprezado no mar!
E, árvore, acabará sem nunca dar um fruto; E, homem há de morrer como viveu: sozinho! Sem ar! sem luz! sem Deus! sem fé! sem pão! sem lar!
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