A Minha Estrela
A meu irmão Aprígio A.


 
 

E eu disse - Vai-te, estrela do passado!
Esconde-te no azul da imensidade,
Lá onde nunca chegue esta saudade,
- A sombra deste afeto estiolado.

Disse, e a estrela foi para o céu subindo,
Minh’alma que de longe a acompanhava,
Viu o adeus que do céu ela enviava,
E quando ela no azul foi-se sumindo

Surgia a aurora - a mágica princesa!
E eu vi o Sol do céu iluminando
A Catedral da Grande Natureza.

Mas a noite chegou, triste, com ela
Negras sombras também foram chegando,
E nunca mais eu vi a minha estrela!